Pouco mais de um ano depois da morte da estudante norte-americana Mallory Grossman (foto), que cometeu suicídio depois de diversos meses sofrendo perseguições e cyberbullyng por colegas de escola, seus pais, Dianne e Seth Grossman, entraram com uma ação judicial que classifica como réus o distrito escolar, gestores escolares, professores, enfermeiras escolares, bibliotecários e auxiliares do refeitório.
Mallory, uma menina de 12 anos, foi vítima das ameaças e afrontas dos colegas desde 2016, quando ingressou em Copeland Middle School, localizada no estado americano de New Jersey. Os estudantes agiam de diversas formas para atacar Mallory, por meio de mensagens de texto, pelo aplicativo Snapchat, além de intimidação pessoal quando a encontravam no ambiente escolar. O conteúdo das mensagens direcionados à garota eram em tom de deboche e sugerindo que ela cometesse suicídio. As agressões virtuais só pararam quando a estudante não soube mais lidar com a situação e pôs fim a sua vida.
De acordo com Dianne e Seth, o processo nomeia todos os culpados por “não fazer nada” para impedir o assédio e intimidação diários que levaram Mallory a cometer suicídio. Ainda segundo o processo, “os adultos não conseguiram oferecer um espaço seguro para ela e falharam em agir em seu nome”. A direção da escola teria, inclusive, orientado a família a levar a menina para casa em determinada data por considerar que não era seguro ela ficar na escola naquele dia.
Segundo um levantamento na localidade mostrou outras 33 investigações de bullying durante o ano letivo de 2016-17, com 14 dos incidentes confirmados como bullying. No ano anterior (2015-16), foram 13 investigações e três incidentes de bullying confirmados. Registros estaduais mostram que todos os três incidentes confirmados foram relacionados aos alunos da Copeland Middle School.
A ação judicial é o primeiro caso de suicídio por cyberbullying que vai à Justiça no estado de New Jersey. As famílias do grupo de garotas acusadas de fazer bullying com Mallory foram notificadas de que também podem enfrentar consequências legais.
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