A coligação do candidato tucano Geraldo Alckmin (PSDB) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para retirar do Facebook um vídeo pró-Jair Bolsonaro publicado pelo empresário Luciano Hang. A representação por propaganda ilícita contra o candidato do PSL foi feita depois que uma reportagem do El País revelou que o dono da rede de varejo Havan pagou à rede social para que a mensagem alcançasse mais pessoas, o que fere a lei eleitoral. O TSE acatou o pedido da campanha de Alckmin e removeu o conteúdo.
Há cerca de 15 dias, Hang foi às redes sociais anunciar seu apoio a Jair Bolsonaro e investiu usando a ferramenta de anúncios do próprio Facebook para aumentar o alcance e a visibilidade conteúdos pedindo votos para o candidato. Apesar da expressa proibição à terceirização de propaganda eleitoral não identificada, os conteúdos de apoio a Bolsonaro publicados pelo proprietário da Havan permaneceram turbinados com dinheiro durante todo o final de semana entre os dias 17 e 19 de agosto e o impacto foi significativo. Enquanto esteve no ar, a transmissão ao vivo declarando apoio ao candidato do PSL acumulou mais de 1.324.483 de visualizações, além de 100.176 reações, 49 mil comentários e 28 mil compartilhamentos.
A decisão que ordenou a retirada do vídeo foi assinada pelo ministro do TSE Og Fernandes no dia 24 de agosto. O magistrado ressaltou que a Lei das Eleições veda expressamente qualquer tipo de veiculação de propaganda eleitoral paga na internet, com o objetivo de evitar a interferência do poder econômico e a introdução de interesses comerciais no debate eleitoral. Pela legislação, só os candidatos e coligações podem pagar para promover suas mensagens no Facebook ou no Google. O Facebook informou, por meio de sua assessoria, que cumpriu a ordem judicial e indisponibilizou o anúncio considerado irregular pelo TSE.
Além do vídeo, no entanto, havia outra publicação de Hang que promovia Bolsonaro e aplicava dinheiro para que fosse vista por mais pessoas que segue no ar. A fotografia do empresário com Jair Bolsonaro obteve mais de 190 mil reações (que reúne curtidas e outras respostas), 11 mil comentários e 30 mil compartilhamentos.
Leia no El País.
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