O cyberbullying, violência causada por meio da internet, tem crescido com destaque no Brasil, deixando claro que ações anti-bullying existentes são insuficientes para combater o problema. Segundo os dados da pesquisa, “Cyberbullying Global Advisor”, do Instituto Ipsos, realizada entre os dias 23 de março e 6 de abril, o Brasil é o segundo país em que os pais mais relatam que os filhos já sofreram com esse problema. Ficando somente atrás da Índia, com 37%. Três em cada dez brasileiros (29%) responsáveis por crianças ou adolescentes afirmam que o caso já aconteceu.

Para a pesquisa, foram entrevistadas 20,8 mil pessoas em 28 países, incluindo o Brasil. A margem de erro para o país brasileiro é de 3,5 pontos percentuais. Mais da metade dos pais brasileiros (53%) afirmaram que o cyberbullying foi feito por colegas de classe dos filhos, completando a lista de responsáveis pela agressão: jovem estranho (29%), adulto estranho (14%), adulto conhecido (10%), não sabe (10%) e preferem não responder (4%).

Segundo a especialista da Ipsos Public Affairs, Priscilla Branco, o uso da internet é consideravelmente maior entre o publico jovem, principalmente via dispositivos móveis. “Estamos falando de uma faixa etária com um comportamento de consumo intenso da tecnologia digital, tanto no que diz respeito a acesso, quanto em frequência de uso. Isso significa que as agressões e formas de violência que antes só aconteciam presencialmente passaram a acontecer também no ambiente digital”, afirma Branco.

No Brasil, as redes sociais lideram com folga como o principal meio em que o cyberbullying acontece, tendo 70% de representatividade. O celular também aparece na segunda posição, com 32%.

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