O Facebook anunciou esta semana estar construindo uma “sala de guerra” para combater as fake news e outros tipos de interferências durante campanhas eleitorais ao redor do mundo. O espaço fica em Menlo Park, sede da empresa na Califórnia, no Vale do Silício e vai abrigar uma equipe de 20 pessoas focadas em acompanhar eleições ao redor do mundo.

A iniciativa da empresa de Mark Zuckerberg é evitar episódios como os verificados quando agentes russos foram pegos manipulando o algoritmo do Facebook para interferir nas eleições dos Estados Unidos. As eleições no Brasil, no dia 7 de outubro, são outra e as eleições parlamentares que acontecem em novembro nos EUA estão entre as prioridades do Facebook.

Em uma teleconferência com os principais órgãos de imprensa mundiais, o diretor de Eleições e Compromisso Cívico, Samidh Chakrabarti, disse que esse será o maior esforço transversal de todos os departamentos da empresa desde a passagem do computador para o celular.

Os algoritmos e a inteligência artificial serão algumas das ferramentas que engenheiros e cientistas de dados vão usar na sala de guerra para atuar, em tempo real, contra a disseminação de fake news, perfis falsos e campanhas mentirosas no Facebook.

Chakrabarti reforçou que o objetivo do Facebook é continuar sendo uma simples rede social e não um campo de batalha nas guerras de inteligência entre os países.

De outubro de 2017 a março deste ano, o Facebook excluiu ou bloqueou 1,3 bilhão de contas falsas, o que representaria mais da metade do total de usuários da rede. “A inteligência artificial nos permite bloquear milhões de contas todos os dias”, salientou.

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