Quem tem crianças ou adolescentes em casa tem uma preocupação a mais nos dias de hoje: a segurança digital dos pequenos. Conhecidos como geração Alpha, os nascidos a partir de 2010 já chegaram em um mundo digital e – na maioria dos casos – cresceram encarando o smartphone como um acessório indispensável em casa. Hiperconectados, eles navegam pelos canais do YouTube com a mesma facilidade com que seus pais consultavam a lista telefônica.
Os efeitos de tanta interatividade e conexão ainda são desconhecidos. E, como sempre, há estudos que mostram os pontos positivos e outros que apontam os prejuízos desse excesso de exposição midiática.
Um fato, porém, é consenso: a necessidade de que os adultos orientem, alertem e monitorem os conteúdos a que essas crianças e adolescentes têm acesso.
Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil, mais de 24 milhões de crianças e adolescentes têm acesso à internet no Brasil e 77% deles assistem a vídeos online. E esses vídeos podem trazer de tudo, desde conteúdos educativos a desafios que apresentam riscos à segurança física ou exposição da intimidade. Até por falta de maturidade, eles geralmente não têm noção dos perigos que o mundo virtual apresenta.
Pais, mães e outras pessoas responsáveis pelo cuidado e educação de crianças precisam ficar atentos a algumas questões:
1 – Comunicação transparente: o diálogo e a liberdade para esclarecer dúvidas é fundamental para qualquer criança. Proibições apenas geram mais curiosidade. As crianças precisas ver na família a principal referência para seus questionamentos infantis. É fundamental orientar os pequenos sobre os riscos existentes, usando uma linguagem adequada para cada faixa etária. E lembrá-los de que, caso surja alguma situação estranha, diferente ou até mesmo curiosa, os PAIS PRECISAM SER OS PRIMEIROS A SABER.
2 – Redes sociais: crianças menores de XX anos não devem ter contas em redes sociais. Os termos de compromisso das redes já costumam fazer esse tipo de exigência, que é facilmente burlada. Caso os pais permitam que a criança tenha perfil na rede, isso deve ser feito de forma monitorada por adultos – que devem inclusive ter o domínio da conta e da senha de acesso. Esse tipo de orientação é válida para qualquer tipo de rede social, Instagram, WhatsApp, Youtube, etc. Explique que na rede social “não falar com estranhos” é lei, sem negociação.
3 – Acesso limitado: Plataformas de streaming (Netflix, Spotffy, Deezer, Crunchyrool, etc.) precisam ser controladas por adultos, inclusive com senhas de acesso. É possível bloquear páginas e conteúdos e autorizar apenas aqueles que são seguros.
4 – Softwares de segurança: Computadores e dispositivos móveis são equipamentos vulneráveis à atuação de hackers. Por isso, é fundamental contar com recursos de segurança, como antivírus e antiphishing (que inibem o acesso a conteúdos privados e informações pessoais, como senhas).
5 – Comportamento: Fique atento a qualquer mudança drástica no comportamento da criança. Crianças vítimas de cyberbullying e outros tipos de ataques tendem a se isolar repentinamente e se sentir culpadas por esse tipo de situação.
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