O assunto “vazamento de dados” foi o tema principal da CyberSec – Fórum Internacional sobre Segurança Cibernética, um dos mais importantes eventos do setor no Brasil e que aconteceu esta semana em Curitiba. Cerca de 200 especialistas do Brasil passaram dois dias reunidos no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) discutindo os desafios do setor e trocando experiências para conhecer as soluções já existentes no mercado. Representando o Guilherme Guimarães Advogados, participei apresentando os desafios que a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que entra em vigor no Brasil dentro de pouco mais de um ano.
Os vazamentos se tornaram parte do cotidiano de empresas, instituições e órgãos públicos. E, entre os especialistas, o consenso geral é o fato de que todas essas estruturas estão vulneráveis a esses episódios – que podem acontecer de diversas formas, por meio de ataques externos ou a partir de situações corporativas mal estruturadas ou mal gerenciadas.
Todos os anos, aproximadamente U$ 6 trilhões são jogados fora com os danos cibernéticos, segundo levantamento da Cybersecurity Ventures, principal instituição de pesquisa do mundo sobre economia cibernética. Apesar da cifra, que equivale a três vezes o valor do produto interno bruto (PIB) brasileiro, não há perspectiva de melhoras no cenário até 2021.
Individualmente, em cada organização, o que diferencia os “casos de sucesso” dos problemáticos é a forma de conduzir o processo de gestão de crise.
Sim! Episódios de vazamento de dados geram crises corporativas graves. Não é raro “cabeças rolarem” em situações como essa porque, em geral, denunciam descuido ou descaso pelo fluxo de informações e pelo banco de dados corporativos. Esse, aliás, é um dos maiores patrimônios empresariais.
Empresas que investem em uma política de segurança da informação e mantêm comitês para gerenciamento de crises costumam dar respostas mais rápidas e assertivas em casos de vazamento de dados. Na prática, quero dizer que todas as estruturas organizacionais estão sujeitas aos vazamentos e ataques hackers. O que não é aceitável é a indiferença, o descaso.
Instituição alguma pode se julgar blindada. Google, Facebook e outros grandes da área de tecnologia são prova disso. Mas aquela empresa que realiza investimentos estratégicos para evitar e contornar esse tipo de situação, terá melhores condições de contornar o problema e de agir de forma resolutiva.
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