Novembro costuma ser um mês bastante aguardado por consumidores e lojistas, principalmente aqueles que vendem produtos pela internet, por causa da “Black Friday”. Apesar de ser uma tradição norte-americana, a Black Friday ganhou espaço e está institucionalizada no Brasil também. Mas, ao mesmo tempo que as vendas nos canais digitais costumam aumentar consideravelmente nessa época, por causa das promoções realizadas, o número de golpistas buscando lesar os internautas também aumenta.
A “Black Friday” ou “Sexta-feira Negra” é uma tradição que surgiu nos Estados Unidos, na última sexta-feira do mês de novembro, logo após o Dia de Ação de Graças, que consiste numa grande baixa dos preços nas principais lojas no mês que antecede o Natal. Os comerciantes brasileiros aderiram à ideia em 2010, quando os lojistas perceberam o potencial de vendas dessa data. Porém, muitos sites realizam promoções ao longo de todo o mês de novembro.
O advogado Guilherme Guimarães, especialista em Direito Digital e Segurança da Informação, alerta que nesse período os criminosos que atuam nos meios digitais costumam faturar muito em cima do despreparo e da falta de informação de quem compra pela internet. Segundo ele, é nessa época em que aumentam as ocorrências com cartões de créditos clonados, boletos falsos, ataques de phishing por e-mail, entre outras estratégias criminosas. “É necessário muito cuidado ao preencher cadastros, acessar sites desconhecidos. Antes de colocar suas informações pessoais em qualquer página na internet, é importante verificar se o link não é suspeito e o site é seguro”, comenta. Os sites geralmente pedem dados como nome completo, endereço completo, CPF, e-mail e dados do cartão de crédito.
A técnica de roubar informações pessoais na internet é conhecida como “phishing” e, além de “pescar” dados, é comum também disseminar links maliciosos. “São esses dados que os hackers procuram, porque além de poderem movimentar compras no cartão de crédito, as outras informações costumam ser vendidas para quem busca aumentar seu banco de dados de possíveis clientes”, explica o advogado.
Para checar se o site é seguro, Guimarães explica que basta apenas ver se aparece um pequeno cadeado ao lado esquerdo da URL (endereço da página). Quanto ao link, ele orienta desconfiar de qualquer site que fuja do tradicional, como os sites de grandes lojas que trabalham com e-commerce. Além disso, o advogado lembra que as empresas sérias que atuam nesse meio costumam apresentar certificados de segurança, o que dá mais credibilidade e tranquilidade ao consumidor.
Veja as formas mais comuns de ataques:
– Celular: Links que chegam principalmente por WhatsApp divulgando promoções, prêmios e outros similares;
– Sites falsos: O comprador acessa um site pensando estar no endereço original da empresa. Depois de realizar todo o procedimento necessário para a compra, o cybercriminoso se apropria dos dados do consumidor para realizar compras;
– Redes sociais: Uma das estratégias preferidas dos hackers para direcionar os compradores para sites falsos e roubar dados.
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